quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Estudo aponta crescimento da ciberspionagem em nível mundial

Bem já é perceptível a necessidade de proteger as próprias informações, mediante a ameaça dos espiões que a internet dispõe.

Os governos estão usando a internet para a prática de ciberespionagem e ciberataques e os alvos incluem sistemas críticos de infra-estruturas nacionais de redes de outros países, como de eletricidade, controle de tráfego aéreo, mercados financeiros e redes de computadores governamentais. O alerta consta no Relatório de Criminologia Virtual da McAfee, fornecedora de software de segurança, o qual aponta que 120 países estão usando, no momento, a internet para operações de espionagem.De acordo com o documento, muitos ataques cibernéticos ocorrem na China ¬– o governo chinês já declarou publicamente que está executando atividades de ciberespionagem. Ainda segundo o relatório, os ciberataques tornaram-se mais sofisticados e são projetados especificamente para escapar do radar das defesas virtuais dos governos, passando das sondagens iniciais de curiosidade para operações bem fundamentadas e bem organizadas de espionagem política, militar, econômica e técnica."O cibercrime agora é um problema global", salientou Jeff Green, vice-presidente sênior do McAfee Avert Labs e de desenvolvimento de produtos, ao comentar os resultados do relatório. "Esse tipo de crime evoluiu significativamente, e não se trata mais e somente de uma ameaça para o mercado e aos indivíduos, mas cada vez mais à segurança nacional de um país. Estamos observando ameaças provindas de grupos cada vez mais sofisticados que atacam organizações em todo o mundo.”Outra grande tendência inclui uma crescente ameaça aos serviços online e o surgimento de um mercado complexo e sofisticado de malware. As ameaças aos dados pessoais e aos serviços on-line, segundo Green, são cada vez mais sofisticadas. O relatório aponta a existência de um novo nível de complexidade em malwares. Essas ameaças são mais resistentes, modificadas várias vezes como uma recombinação de “DNA” e contêm funções sofisticadas, como imagens criptografadas. O Nuwar (storm worm) foi o primeiro exemplo e os especialistas da McAfee dizem que haverá mais exemplos neste ano.O estudo indica, ainda, que um novo alvo para os cibercriminosos é o software de VoIP. Há vários ataques de “vishing” (phishing por VoIP) de alta tecnologia e “phreaking” (atividades de hackers em redes telefônicas para fazer chamadas de longa distância). No Japão, 50% de todas as violações de dados ocorreram por software de P2P (redes ponto a ponto). Segundo a McAfee, os cibercriminosos buscarão meios de explorar os aplicativos populares de sites de rede de relacionamento, como o MySpace e Facebook;Em relação aos bancos, os especialistas acreditam que um ciberataque de grandes proporções poderia prejudicar seriamente a confiança do público nos serviços bancários online e frear o comércio eletrônico. Os críticos acreditam que os esforços para abordar a segurança online não serão eficazes ou rápidos o suficiente para barrar uma investida em larga escala.De acordo com o relatório, a economia desse submundo já inclui sites especializados de leilões, anúncios de produtos e até mesmo serviços de suporte. Porém, a concorrência agora está tão acirrada que o serviço ao cliente se tornou um ponto-de-venda específico. Além disso, o custo de locação de uma plataforma de envio de spams caiu, e agora os criminosos podem comprar cavalos-de-Tróia criados para roubar dados de cartão de crédito.Ente as conclusões, o estudo ressalta que o mercado de compra e venda de exploits (programas para explorar vulnerabilidade de um sistema) está impulsionando o comércio virtual de várias ameaças potencialmente significativas à segurança. As vulnerabilidades de software podem gerar um negócio rentável — até US$ 75 mil — e os especialistas acreditam que, enquanto esse mercado existir, há um crescente perigo de falhas caindo nas mãos dos cibercriminosos.O Relatório de Criminologia Virtual da McAfee examina as novas tendências globais de segurança virtual, com pareceres da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), FBI, SOCA (Serious Organised Crime Agency), Centro de Educação e Pesquisa em Proteção e Segurança da Informação (Cerias), Instituto de Contraterrorismo, de Israel, a Faculdade de Economia de Londres, entre outras entidades e especialistas internacionais de principais grupos e universidades. link da fonte:http://www.tiinside.com.br/filtro.asp?c=265&id=84061

postado por: lud ;]

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Japão quer desenvolver Internet óptica ultra-rápida


Bem como vocês podem imaginar, ai vai mais uma deles que sempre buscam ultrapassar a linha impossível ou inimaginável!!

Um grupo de pesquisa será montado no Japão para desenvolver tecnologia óptica para substituir o Internet Protocol (IP) como padrão global de comunicação. A equipe será estabelecida em novembro pelo Instituto Nacional de Informação e Tecnologia da Comunicação e empresas privadas.
» Japão desenvolve nova Internet mais rápida e confiável
» Internet via rede elétrica é mostrada no fisl 8.0
O objetivo é desenvolver e comercializar até 2015 uma rede que pode transferir 10 gigabits por segundo, 10 vezes mais rápido que a rede de próxima geração, que será lançada no Japão no final deste ano.
O grupo vai ser composto de empresas como a Nippon Telegraph & Telephone Corp., Fujitsu, KDDI, Hitachi, Toshiba e NEC. Serão gastos mais de 30 bilhões de ienes, cerca de US$ 260 milhões, no projeto de pesquisa durante os próximos cinco anos. Projetos semelhantes já estão em desenvolvimento nos Estados Unidos e Europa.
A rede óptica permitiria o acesso simultâneo de até 100 bilhões de dispositivos e ainda assim ter uma velocidade extremamente rápida. Tais características são importantes em um futuro onde não apenas computadores e telefones terão conexões, mas também câmeras de segurança, sensores médicos e uma grande quantidade de outros aparelhos eletrônicos.
A nova tecnologia também permitiria conexão sem fio, estável e de alta velocidade até em trens-bala.
fonte: site TERRA
Postado por: Ludwans Carvalho

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Veja os melhores comerciais de tecnologia de 2007

Dale Dougherty, editor da revista online Make, fez uma seleção dos melhores comerciais relacionados a produtos de tecnologia de 2007. Alguns dos vídeos foram veiculados na TV, outros são banners animados e ainda estão listadas paródias feitas por fãs, que também fizeram muito sucesso. Confira.

http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI2178881-EI4802,00.html

Os comerciais da Apple, com John Hodgeman interpretando o PC, são destaque. Neles, um personagem representa o Mac e outro o PC, e eles ficam discutindo de forma bem-humorada as vantagens e desvantagens de cada sistema. A campanha "Não desista do Vista" é a mais recente da empresa, e foi considerada a melhor.

O vídeo I'm a Wii (Eu sou um Wii), clone dos comerciais da Apple, sugere que o console da Nintendo é uma jovem bonita e fácil de 'usar', enquanto o PlayStation3 é representado por uma mulher bem mais robusta e inteligente.

A loja de departamentos JC Penny criou um comercial no qual uma menina nerd constrói uma nave de sucata para levá-la ao Pólo Norte, representando a ideia de que "se você pode imaginar, você pode fazer". Já a Dell em sua campanha Yours is Here utiliza a música Watch Us Work It, do Devo, e mostra mulheres construindo uma máquina.

A série Will it Blend, de uma empresa que fabrica liquidificadores, ficou famosa por inserir no eletrodoméstico qualquer objeto para ver se ele se destrói. A versão em que um iPhone é liquidificado ficou especialmente popular: ele vira pó.

A Honda fez um comercial, chamado The Cog, no qual todas as peças de seu veículo Accord são usadas para fazer um dispositivo Rube Goldberg - aqueles de desenho animado em que as reações acontecem em cadeia.

Michael Gondry, diretor e roteirista francês famoso pelos clips da cantora Björk, foi chamado para participar do comercial Eternal Dreamer, da HP. O comercial se passa entre o mundo físico e o virtual, entre idéias e a realidade.

Para o lançamento de Halo 3, game da Microsoft para o Xbox 360, foi criado um comercial no qual bonequinhos de chumbo de personagens do jogo combatem em uma sangrenta batalha.

Outro game, o Assassins Creed, mostra realidade impressionante e um roteiro instigante. De acordo com Dougherty, o jogo poderia ser um longa-metragem.

A Coca Cola fez um comercial que é uma paródia do game Grand Theft Auto. Nele, o personagem principal do game, um criminoso violento, vira bonzinho e amável, tentando fazer um mundo melhor.

Por fim, há uma série de vídeos que satirizam a indústria da propaganda em si. A Microsoft produziu um vídeo em que um publicitário arrogante vai a um encontro com uma consumidora meiga.

Redação Terra

Postado por: Liziane Lemos =)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Empresas Brasileiras de Peso (13 razões para se orgulhar)

É sempre bom ver representantes brasileiros brilhando em qualquer lugar do planeta,13 é um bom número, você quer tirar a prova? pergunte ao Zagallo...(sem comentários)
As estratégias agressivas e os investimentos em tecnologia estão impulsionando as multinacionais brasileiras para pontos de destaque no cenário mundial. Essas foram as razões apontadas pelo The Boston Consulting Group para a presença de 13 empresas brasileiras na lista das 100 companhias que mais se destacaram em países com economia em rápido desenvolvimento, que o grupo organiza anualmente.

São elas a Braskem, Coteminas, Vale, Embraer, Gerdau Steel, Marcopolo, Natura, Perdigão, Petrobras, Sadia, Votorantim e as estreantes na lista WEG e JBS Friboi. "Essas empresas conseguiram estabelecer marcas globais, com presença na mente dos consumidores de vários países?, explica Marcos Aguiar, sócio-diretor do BCG no Brasil e coordenador da pesquisa na América Latina. "Além disso, não são meras exportadoras, e sim empresas com estratégias agressivas de se estabelecerem no exterior.?

As BCG 100, como são chamadas as 100 empresas, são aquelas que fazem frente às multinacionais com origem em mercados já consolidados. O país com o maior número de empresas na lista é a China, com 41 países, seguido pela Índia (20 empresas), Brasil (13), México (7) e Rússia (6). Essas empresas apresentaram um crescimento de 35,1% nos últimos cinco anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Extraído do site:http://www.atarde.com.br/economia/noticia
Postado por:Elinaldo Silva Costa

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

EUA a beira da recessão (Folha de São Paulo)

Texto extraído de uma entrevista feita pela Folha de S. Paulo, com o economista NOURIEL ROUBINI(foi consultor do Tesouro americano e membro do Conselho de Economistas da Casa Branca de 1998 a 1999. Trabalhou também no FMI e no Banco Mundial)

FOLHA - A expansão da economia dos EUA no segundo trimestre foi revista de 2,5% para 2,9%. Quais os sinais de que o desempenho dos próximos trimestres será pior?
NOURIEL ROUBINI - As manchetes parecem melhores, mas, quando se observa os detalhes, é possível verificar que muita coisa piorou. Em primeiro lugar, grande parte do crescimento pode ser atribuída à revisão nos números de estoques, que representam bens não vendidos. O PIB pode parecer mais alto porque você produz muito, mas, se observar as vendas, a demanda está baixa. As vendas finais cresceram apenas 2,3% exatamente porque há um acúmulo de estoques e um ajuste deve ocorrer nesse trimestre ou no próximo. Os números de investimento real residencial foram revisados de uma queda de 6,3% para um recuo de 9,8%.

FOLHA - E quanto ao consumo?
ROUBINI - O consumo está se arrastando lentamente. O consumo de duráveis praticamente não está mudando. Essas pessoas não estão comprando mais tantas casas, carros ou mobília quanto antes.

FOLHA - O sr. estima as chances de uma recessão no fim deste ano em 70%. De onde vem esta previsão?
ROUBINI - Ela não é baseada em modelos mecânicos. Estou olhando modelos formais como o do Federal Reserve, que já aponta uma probabilidade de 44%. Quando adiciono a isso a queda no mercado imobiliário, o fato de os preços do petróleo estarem a US$ 70 e o efeito tardio da alta dos juros chego aos 70%. Os consumidores estão em ritmo lento por conta de três grandes choques: petróleo, moradia e juros, num momento em que os salários reais estão em queda, os níveis de poupança estão negativos e os níveis de dívida, elevados. Não houve muita geração de emprego nos últimos meses, o desemprego está subindo e a confiança do consumidor está em queda.

FOLHA - Qual será o impacto da queda do mercado imobiliário?
ROUBINI - O choque do mercado imobiliário vai ter um efeito muito mais forte sobre a economia do que o estouro da bolha tecnológica em 2000. São todos dados negativos e quando os coloco juntos e comparo com o que ocorreu em 2000 e 2001 concluo que há uma grande probabilidade de recessão.

FOLHA - Por que o impacto será maior?
ROUBINI - A habitação tem um peso grande no PIB. O efeito cumulativo da queda na habitação será mais amplo na demanda agregada do que a queda do investimento real no setor de tecnologia. O alcance do efeito do estouro da bolha tecnológica afetou pouca gente, uma série de empreendedores do vale do Silício, operadores do mercado e algumas pessoas com ações do setor. O alcance do setor imobiliário é muito maior. O efeito da queda nos preços será muito severo porque as pessoas estão financiando o excesso de consumo com receitas de refinanciamento de suas residências porque suas poupanças estão negativas. Quando houver um retrocesso, vão ficar loucos. Além disso, o efeito da habitação sobre o emprego é mais importante. O setor de tecnologia tem trabalhadores especializados e emprega pouca mão-de-obra. Já a habitação contribui diretamente com 30% dos empregos desde 2001. Se incluirmos atividades relacionadas, como mobília e ferramentas domésticas o percentual chega a 40%. Haverá um efeito mais sério em receitas e salários. A recessão será mais feia, longa e profunda do que a de 2001.

FOLHA - O início de um processo de corte dos juros não poderia aquecer a economia?
ROUBINI - Mesmo que o Fed resolva reduzir a taxa isso não será capaz de evitar a recessão. Quando há uma situação dessa ordem no mercado imobiliário e no consumo de duráveis, a demanda por estas coisas se torna insensível a taxas de juros. Chegamos a esse ponto porque tivemos uma bolha de tecnologia que o Fed resolveu não controlar nos anos 90. Ela estourou e teve início uma recessão. Em parte por causa da recuperação posterior, teve início a bolha imobiliária que agora está prestes a estourar.

FOLHA - Há alguma forma de evitar essa recessão?
ROUBINI - Não. O consumo está no limite. Não acredito que a política monetária vá fazer alguma diferença, da mesma forma que cortar os juros em 2001 não foi capaz de evitar a recessão. Pode ter feito com que ela fosse mais superficial, mas não conseguiu evitá-la.

FOLHA - Caso essa recessão se confirme, a performance de China, Índia, Europa não poderia evitar redução no nível de atividade mundial?
ROUBINI - A idéia de que o mundo vai continuar crescendo alegremente enquanto os EUA mergulham numa recessão está errada. Países que exportam muito para os EUA vão ser afetados diretamente, como México, Canadá, parte da Europa e da Ásia. Mesmo países que não exportam tanto para os EUA, como o Brasil, serão afetados indiretamente. Se os EUA reduzirem o ritmo, vão importar menos da China e ela também vai desacelerar. A China é responsável pela compra de grande parte das commodities de Brasil, Chile, Argentina. A recessão afetará todos os exportadores de commodities porque os preços destes produtos vão cair. Mesmo nas últimas semanas os preços de algumas commodities já começaram a desacelerar.

FOLHA - Qual será o impacto sobre os emergentes?
ROUBINI - Mercados emergentes, em particular, serão afetados porque nos últimos anos têm crescido muito rapidamente, em parte por políticas melhores, reforma, macroestabilidade, menor inflação, mas em parte também por causa da sorte. Em um cenário de crescimento mundial elevado, altos preços de commodities e juros baixos é claro que os emergentes terão uma performance melhor. Em um mundo de recessão americana, crescimento mundial menor e commodities em queda será mais difícil. Não espero crises na maioria desses países, mas redução significativa no ritmo de crescimento.

FOLHA - Mesmo com esse cenário, o Brasil cresceu 0,5% no segundo trimestre...
ROUBINI - O Brasil cresceu 2,3% no ano passado, e a previsão para este ano é de 3,5%. Neste cenário, é um crescimento medíocre. Se isso é o melhor que vocês conseguem fazer no melhor dos cenários globais, o que vai acontecer quando esse cenário piorar? O Brasil faz parte dos Brics, mas Rússia, Índia e China estão crescendo de 6% a 10%. O Brasil deve crescer de 3% a 3,5% e no melhor cenário continua com um desempenho econômico fraco. Vai ficar mais difícil para o Brasil.

FOLHA - Qual é a sua principal crítica à política monetária de Greenspan e Bernanke?
ROUBINI - A visão deles é que quando se forma uma bolha não se deve fazer nada no caminho. A realidade é que países como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia lidaram com bolhas e tiveram um pouso suave da economia com uma política monetária mais apertada. Já os EUA não fazem nada durante a formação do problema porque é muito arriscado e quando vêem que vai estourar começam a tentar reduzir agressivamente o dano colateral. Minha opinião é que se deveria apertar a política monetária mais cedo e mais rápido para evitar que a situação saia de controle.

FOLHA - Qual será o efeito sobre o mercado financeiro?
ROUBINI - Como em qualquer recessão o mercado de ações vai ter uma queda veloz. Em cada uma das últimas seis recessões há uma queda de 28% no mercado de ações americano. Em qualquer recessão o mercado de ações opera com tendência de baixa e não há por que esperar que seja diferente.
FOLHA - A expansão da economia dos EUA no segundo trimestre foi revista de 2,5% para 2,9%. Quais os sinais de que o desempenho dos próximos trimestres será pior?
NOURIEL ROUBINI - As manchetes parecem melhores, mas, quando se observa os detalhes, é possível verificar que muita coisa piorou. Em primeiro lugar, grande parte do crescimento pode ser atribuída à revisão nos números de estoques, que representam bens não vendidos. O PIB pode parecer mais alto porque você produz muito, mas, se observar as vendas, a demanda está baixa. As vendas finais cresceram apenas 2,3% exatamente porque há um acúmulo de estoques e um ajuste deve ocorrer nesse trimestre ou no próximo. Os números de investimento real residencial foram revisados de uma queda de 6,3% para um recuo de 9,8%.

FOLHA - E quanto ao consumo?
ROUBINI - O consumo está se arrastando lentamente. O consumo de duráveis praticamente não está mudando. Essas pessoas não estão comprando mais tantas casas, carros ou mobília quanto antes.

FOLHA - O sr. estima as chances de uma recessão no fim deste ano em 70%. De onde vem esta previsão?
ROUBINI - Ela não é baseada em modelos mecânicos. Estou olhando modelos formais como o do Federal Reserve, que já aponta uma probabilidade de 44%. Quando adiciono a isso a queda no mercado imobiliário, o fato de os preços do petróleo estarem a US$ 70 e o efeito tardio da alta dos juros chego aos 70%. Os consumidores estão em ritmo lento por conta de três grandes choques: petróleo, moradia e juros, num momento em que os salários reais estão em queda, os níveis de poupança estão negativos e os níveis de dívida, elevados. Não houve muita geração de emprego nos últimos meses, o desemprego está subindo e a confiança do consumidor está em queda.

FOLHA - Qual será o impacto da queda do mercado imobiliário?
ROUBINI - O choque do mercado imobiliário vai ter um efeito muito mais forte sobre a economia do que o estouro da bolha tecnológica em 2000. São todos dados negativos e quando os coloco juntos e comparo com o que ocorreu em 2000 e 2001 concluo que há uma grande probabilidade de recessão.

FOLHA - Por que o impacto será maior?
ROUBINI - A habitação tem um peso grande no PIB. O efeito cumulativo da queda na habitação será mais amplo na demanda agregada do que a queda do investimento real no setor de tecnologia. O alcance do efeito do estouro da bolha tecnológica afetou pouca gente, uma série de empreendedores do vale do Silício, operadores do mercado e algumas pessoas com ações do setor. O alcance do setor imobiliário é muito maior. O efeito da queda nos preços será muito severo porque as pessoas estão financiando o excesso de consumo com receitas de refinanciamento de suas residências porque suas poupanças estão negativas. Quando houver um retrocesso, vão ficar loucos. Além disso, o efeito da habitação sobre o emprego é mais importante. O setor de tecnologia tem trabalhadores especializados e emprega pouca mão-de-obra. Já a habitação contribui diretamente com 30% dos empregos desde 2001. Se incluirmos atividades relacionadas, como mobília e ferramentas domésticas o percentual chega a 40%. Haverá um efeito mais sério em receitas e salários. A recessão será mais feia, longa e profunda do que a de 2001.

FOLHA - O início de um processo de corte dos juros não poderia aquecer a economia?
ROUBINI - Mesmo que o Fed resolva reduzir a taxa isso não será capaz de evitar a recessão. Quando há uma situação dessa ordem no mercado imobiliário e no consumo de duráveis, a demanda por estas coisas se torna insensível a taxas de juros. Chegamos a esse ponto porque tivemos uma bolha de tecnologia que o Fed resolveu não controlar nos anos 90. Ela estourou e teve início uma recessão. Em parte por causa da recuperação posterior, teve início a bolha imobiliária que agora está prestes a estourar.

FOLHA - Há alguma forma de evitar essa recessão?
ROUBINI - Não. O consumo está no limite. Não acredito que a política monetária vá fazer alguma diferença, da mesma forma que cortar os juros em 2001 não foi capaz de evitar a recessão. Pode ter feito com que ela fosse mais superficial, mas não conseguiu evitá-la.

FOLHA - Caso essa recessão se confirme, a performance de China, Índia, Europa não poderia evitar redução no nível de atividade mundial?
ROUBINI - A idéia de que o mundo vai continuar crescendo alegremente enquanto os EUA mergulham numa recessão está errada. Países que exportam muito para os EUA vão ser afetados diretamente, como México, Canadá, parte da Europa e da Ásia. Mesmo países que não exportam tanto para os EUA, como o Brasil, serão afetados indiretamente. Se os EUA reduzirem o ritmo, vão importar menos da China e ela também vai desacelerar. A China é responsável pela compra de grande parte das commodities de Brasil, Chile, Argentina. A recessão afetará todos os exportadores de commodities porque os preços destes produtos vão cair. Mesmo nas últimas semanas os preços de algumas commodities já começaram a desacelerar.

FOLHA - Qual será o impacto sobre os emergentes?
ROUBINI - Mercados emergentes, em particular, serão afetados porque nos últimos anos têm crescido muito rapidamente, em parte por políticas melhores, reforma, macroestabilidade, menor inflação, mas em parte também por causa da sorte. Em um cenário de crescimento mundial elevado, altos preços de commodities e juros baixos é claro que os emergentes terão uma performance melhor. Em um mundo de recessão americana, crescimento mundial menor e commodities em queda será mais difícil. Não espero crises na maioria desses países, mas redução significativa no ritmo de crescimento.

FOLHA - Mesmo com esse cenário, o Brasil cresceu 0,5% no segundo trimestre...
ROUBINI - O Brasil cresceu 2,3% no ano passado, e a previsão para este ano é de 3,5%. Neste cenário, é um crescimento medíocre. Se isso é o melhor que vocês conseguem fazer no melhor dos cenários globais, o que vai acontecer quando esse cenário piorar? O Brasil faz parte dos Brics, mas Rússia, Índia e China estão crescendo de 6% a 10%. O Brasil deve crescer de 3% a 3,5% e no melhor cenário continua com um desempenho econômico fraco. Vai ficar mais difícil para o Brasil.

FOLHA - Qual é a sua principal crítica à política monetária de Greenspan e Bernanke?
ROUBINI - A visão deles é que quando se forma uma bolha não se deve fazer nada no caminho. A realidade é que países como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia lidaram com bolhas e tiveram um pouso suave da economia com uma política monetária mais apertada. Já os EUA não fazem nada durante a formação do problema porque é muito arriscado e quando vêem que vai estourar começam a tentar reduzir agressivamente o dano colateral. Minha opinião é que se deveria apertar a política monetária mais cedo e mais rápido para evitar que a situação saia de controle.

FOLHA - Qual será o efeito sobre o mercado financeiro?
ROUBINI - Como em qualquer recessão o mercado de ações vai ter uma queda veloz. Em cada uma das últimas seis recessões há uma queda de 28% no mercado de ações americano. Em qualquer recessão o mercado de ações opera com tendência de baixa e não há por que esperar que seja diferente.


Conclusão:
as chances de uma recessão grave já no fim deste ano chegam a 70%.

Roubini se preocupa com o efeito da recessão americana em países emergentes. "O Brasil cresceu 2,3% no ano passado e a previsão para este ano é de 3,5%. Neste cenário, é um crescimento medíocre. Se isso é o melhor que vocês conseguem fazer no melhor dos cenários globais, o que vai acontecer quando esse cenário piorar?"

O professor da New York University esteve no Brasil recentemente e participou de uma reunião na Casa das Garças, onde alertou para a receita de uma "recessão anunciada": queda do mercado imobiliário aliada aos preços do petróleo na faixa dos US$ 80 e aos sinais moderados de inflação em alta.

Postado por:ELINALDO SILVA COSTA

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Existe vida além do Windows

São Paulo, 21 (AE) - Pensou em computador, pensou Windows: em todo o mundo, mais de 90% dos micros rodam o sistema operacional da Microsoft. Seu domínio é tão grande, mas tão grande, que chegou a pôr em risco a própria Microsoft - no começo da década, acusado de concorrência desleal, Bill Gates quase viu seu império desfeito, cortado em pedacinhos, pela Justiça dos EUA. Mas a Microsoft sobreviveu à batalha judicial.
Agora, em 2007, a hegemonia do Windows volta a estar sob ameaça. Só que, desta vez, a pressão vem do próprio mercado: cresce o número de pessoas que decidem trocar o Windows por seus concorrentes - o Linux e o Macintosh, que pouco a pouco se tornam alternativas viáveis.
O avanço dos rivais é inegável. Nos Estados Unidos, o Macintosh está batendo recordes: neste ano, suas vendas cresceram 37,2% (o dobro do mercado de PCs como um todo), e a Apple já responde por 8,1% de todas as vendas de computadores. Pode parecer pouco, mas é muito - dá à empresa o terceiro lugar no mercado, atrás apenas da Dell e da HP (que trabalham com o Windows).
No Brasil, as vendas de Mac ainda são pequenas, mas a demanda explodiu: há filas de espera de até 30 dias para comprar determinados modelos, como o iMac com tela de 20". Isso acontece por vários motivos, mas o principal é simples: os computadores da Apple, antes extremamente caros, estão com preços mais próximos dos PCs topo de linha no mercado brasileiro. Com R$ 4.000, você leva o sofisticadíssimo iMac - metade do que ele custava quando sua primeira geração foi lançada por aqui, em 2004. Ou seja: no segmento "high end", a Apple já consegue brigar de igual para igual com os Pcs.
Mas não é só isso. Na seara dos PCs básicos (subsidiados pelo governo), a Microsoft também enfrenta um concorrente forte - o sistema operacional Linux. Entre em qualquer loja e você verá diversos micros equipados com esse sistema, sempre a preços muito convidativos (a partir de R$ 800).
Isso porque, como o Linux é gratuito, o computador fica mais barato ( o Windows acresce de R$ 150 a R$ 400 ao preço do PC). E esse preço baixo é parcelado em prestações mínimas. Graças a tudo isso, o Linux é um megassucesso no Brasil, com 18% do mercado. É o maior rival que o Windows já teve.
Mas e aí? O Mac e o Linux são boas opções? O que você ganha e o que perde ao optar por eles? E o que muda em relação ao Windows?

postado por: Alaine

Aluno de 13 anos dispara contra colegas na sala de aula, segundo polícia

Dois adolescentes foram baleados dentro da sala de aula em uma escola na periferia de Belo Horizonte na manhã desta quinta-feira (22).

Segundo a Polícia Militar, um aluno de 13 anos disparou o revólver e acertou o pé de uma colega da mesma idade. Os estilhaços também atingiram o olho de outro adolescente, de 15 anos.

De acordo com Simone Anveri, gerente pedagógica da Regional Norte da rede de escolas municipais de Belo Horizonte, o revólver estava na mochila e disparou acidentalmente ao cair no chão.

O adolescente que atirou foi levado para uma delegacia. A arma foi apreendida. "O Juizado de Menores deve abrir inquérito para verificar se foi incidente ou um ato proposital", afirma Simone.

Ainda segundo a gerente pedagógica, o estudante é um aluno tranqüilo e a escola não apresenta registros de violência.

As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Venda Nova. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, os dois estudantes não correm risco de morte. O jovem de 15 anos já recebeu alta médica e a outra vítima está sob cuidados da equipe de ortopedia.
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Postado por: Ludwans Carvalho